
O Flamengo entrou em campo no lendário El Cilindro, nesta quarta-feira (29), para enfrentar o Racing em uma noite de pura tensão em Buenos Aires. Depois de vencer por 1 a 0 no Maracanã, o Rubro-Negro chegou à Argentina com a vantagem e sabendo que um empate bastaria para garantir passagem rumo à grande final da Libertadores. Mesmo assim, o clima era de guerra: estádio pulsando, pressão argentina e um jogo que prometia ser dramático do início ao fim.
PRIMEIRO TEMPO
O jogo começou exatamente como se esperava: o Racing partindo para cima, empurrado pela torcida e precisando do resultado. Nos primeiros dez minutos, o Flamengo estudava o adversário, controlava o jogo e esperava o momento certo para atacar. E ele veio. Luiz Araújo arriscou de fora da área, de esquerda, e a bola saiu tirando tinta da trave de Cambeses. A resposta dos argentinos foi imediata: Conechny subiu mais que a defesa rubro-negra e cabeceou com força, obrigando Rossi a fazer sua primeira grande defesa da noite e seria apenas a primeira de muitas.
Aos 15 minutos, o Fla voltou a assustar. Carrascal e Arrascaeta tabelaram com categoria, Arrasca cruzou rasteiro, Plata quase empurrou para as redes e, na sobra, Varela parou em Cambeses, que fez milagre. Logo depois, Luiz Araújo soltou outra bomba de longe, mantendo o goleiro argentino em alerta.
A partida era equilibrada e nervosa. Aos 30, um vacilo da defesa quase custou caro: Léo Ortiz e Varela se atrapalharam, Rojas ficou com a bola e bateu firme, levando perigo de novo. Na saída rápida, o Flamengo respondeu com Arrascaeta, que invadiu a área e finalizou nas mãos de Cambeses. Nos minutos finais, o Racing passou a apostar tudo nas bolas aéreas, transformando a área rubro-negra em campo de guerra. Mesmo assim, o primeiro tempo terminou sem gols e com clima de decisão total para a etapa final.
SEGUNDO TEMPO
A pressão não diminuiu. O Racing voltou com tudo, levantando bola atrás de bola na área do Flamengo. Até que, aos 10 minutos, o momento que mudaria o jogo: em um lance polêmico entre Plata e Rojo, o árbitro mostrou cartão vermelho. O Rubro-Negro ficava com um a menos e ganhava mais um capítulo de drama para enfrentar.
Com superioridade numérica, os argentinos intensificaram o bombardeio aéreo. Rossi começou a se agigantar. Defesa difícil atrás de defesa difícil, o goleiro virou paredão em Buenos Aires. Em meio ao caos, Rojo também recebeu cartão vermelho no mesmo lance da expulsão de Plata, mas o VAR interferiu e o árbitro voltou atrás, o Racing seguia completo.
O Flamengo se fechou, lutou, travou cada bola como se fosse a última. Só dava Racing: cruzamentos, chutes bloqueados, confusão na área e torcida empurrando. Nos minutos finais, a cena que ficará marcada: finalização à queima-roupa na pequena área e Rossi, em noite inspirada, salvando de novo o Rubro-Negro e garantindo a sobrevivência.
O apito final encerrou o sufoco: 0 a 0. Jogando com um a menos durante boa parte da etapa final, o Flamengo segurou a pressão, contou com uma atuação monumental de Rossi e garantiu vaga em sua quarta final de Libertadores em seis anos. Agora, espera o vencedor de Palmeiras x LDU para decidir o título, em Lima, no dia 29 de novembro.
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